Sabe aquela pessoa que entra na sua vida pra te trazer alegria e mostrar que o caminho que você escolheu é o certo?
Bom, hoje eu vou contar pra vocês a história da Glaucia. Porque essa “Xuxuzinha”, que virou minha aluna em um momento muito importante na minha vida pessoal e profissional, é uma querida! E é a prova viva de que a corrida transforma de verdade, que é a transformação que eu tanto defendo aqui no blog e, também, nas minhas redes sociais.
A Glaucia tem um sorrisão maravilhoso e é uma pessoa encantadora! E olha que eu ainda não a conheci pessoalmente, acredita? Por causa da pandemia, nós ainda não nos encontramos.
Ela chegou a mim graças a outra maravilhosa, a Fabi, uma amiga que fiz em Portugal numa viagem de motorhome com a família. A Fabi, que mora em Aveiro (POR), virou rapidamente uma grande amiga e, depois, aluna. E indicou os meus treinos para a Glaucia, que é de Cariacica, no Espírito Santo.
Mas vamos voltar um pouquinho no tempo. Em 2014, a Glau subiu na balança e pesou 97kg! É claro que bateu aquele desespero, né? E lá foi ela praticar atividade física. Acordava às 5h da manhã e corria num campinho de areia perto de casa. Detalhe: sem orientação nenhuma!
Resultado: depois de quatro ou cinco meses, ela perdeu peso. Mas perdeu qualidade de vida e ganhou dores nos joelhos. Com alimentação inadequada, tentou doar sangue e não conseguiu, pois estava com baixa taxa de ferro no sangue. O sinal de alerta estava ligado!
Medo
Três anos depois, tentou o chamado “treinamento funcional” — que um dia vou escrever a respeito — e voltou a sentir dores fortes nos joelhos. Teve derrame articular no joelho direito e ficou de atestado médico em casa! E descobriu a condromalácia no joelho direito. Um médico chegou a cravar que a Glaucia nunca mais correria na vida!
“Meu medo era ficar inválida”, conta ela.
Desde então, com o acréscimo de uma crise de ansiedade, os quilos perdidos voltaram e a qualidade de vida foi caindo. Para complicar, mudou de bairro e sentiu falta das amizades.
Tentou praticar caminhada, mas as dores no joelho limitavam a parte física e a parte mental. “Caminhava um pouquinho com o meu marido, coisa de 10 minutos, e não aguentava. Colocava essas limitações. Nada me dava prazer. Eu não tinha afinidade com as pessoas ali e isso me atrapalhava”.
Virada
Chegou 2020 e a pandemia parou tudo. O que já não estava legal, piorou. Até que a Fabi mostrou nosso perfil do Instagram para a Glaucia.
O primeiro teste foi abrir a nossa planilha — que está disponível aqui pra você. Ela testou e gostou! Mas a virada mesmo aconteceu quando ela entrou para a nossa primeira turma, com acesso aos treinos em áudio do Desafio Vamos Correr. Claro que, primeiro, rolou aquela desconfiança.
“No início, eu não acreditei… Achei que não iria conseguir”, admite. Depois, veio a surpresa com o que encontrou nos áudios. “Eu falava ‘Como que ela tá vendo que eu tô fazendo tudo errado! Essa mulher tá me vendo, não é possível!’. Fiz o primeiro treino, o segundo, o terceiro… fui tomando gosto! Aquilo foi me dando um negócio que eu não sabia explicar. Eu vou pra corrida e fico doido que chegue a hora de correr. Eu tô gostando desse negócio”.
Corredora
Superada a desconfiança e todas as outras crenças limitantes, a Glaucia completou o programa e correu os 5k antes mesmo dos 21 treinos! E já pode falar pra todo mundo que ela é sim uma corredora!
“Ah, essa foi uma EMOÇÃO FANTÁSTICA. Tive vontade de sair gritando que eu consegui realizar esse desafio! Correr era um sonho e, além de realizar o sonho de correr, eu consegui completar meus 5k. Uma pessoa que mal conseguia caminhar! Isso foi sensacional”, comemora.
E se você até aqui ainda acha que correr é bom apenas para a parte física, então eu vou deixar o relato final da “Xuxuzinha Glaucia”.
“Olha, eu ganhei qualidade de vida. Procuro ter uma vida saudável e estou conseguindo isso. Comecei com o objetivo de apenas conseguir correr e, de brinde, eliminei 7kg. Estava bem acima do peso, com obesidade grau 1. Até o meu esposo conseguiu eliminar 5kg vendo meu entusiasmo e me acompanhando nos treinos de corrida! Meu emocional melhorou muito. Tenho TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada). Os treinos em áudios, treinos de fortalecimento e o nosso grupo de WhatsApp têm sido uma ferramenta maravilhosa para essa melhora. Eu digo que conhecer a Alê e participar do ESD foi um dos meus presentes de 2021. Ela é uma Xuxuzinha maravilhosa”.
